bIFUSP
ANO XVIII - No.12 - 27/04/2001
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bIFUSPANO XVIII - No.12 - 27/04/2001 | |
Concursos realizados durante o ano de 2000
Já foram devidamente nomeados todos os docentes do Instituto aprovados em concursos públicos para o início da carreira durante o ano passado:
(i) Américo A. F. S. Kerr e Maria Cecília B.S. Salvadori, do DFAP;
(ii) Antônio Domingues dos Santos, Carmen S. M. Partiti, Euzi C. Fernandes da Silva, Helena M. Petrilli e Renato F. Jardim, do DFMT;
(iii) Elisabeth Andreoli de Oliveira, Fernando Navarra, Luiz C. Chamon e Marina Nielsen, do DFEP;
(iv) João C. A. Barata, Jorge L. de Lyra e Victor O. Rivelles, do DFMA;
(v) Elisabeth M. Yoshimura, José Roberto B. Oliveira, Masao Matsuoka e Renata Z. Funchal, do DFNC.
Também foram nomeados - e já tomaram posse - três novos Professores Titulares aprovados em concursos realizados no ano passado: Marília Junqueira Caldas (DFEP), Celso Grebogi (DFAP) e Dirceu Pereira (DFNC).
No ano passado talvez tenha sido realizado o maior número de concursos da história do IFUSP.
Intercâmbio com pesquisadores do País Basco
A CCInt comunica o interesse do Governo Basco em estabelecer projetos de cooperação em ciência e tecnologia com pesquisadores de São Paulo. maiores informações podem ser obtidas no site
http://www1.euskadi.net/saretek.erakus/índice c.asp, sendo que em
Auxílios oferecidos pela Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa
A Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa oferece auxílios à pesquisa e auxílios a viagens ao Japão.
Os auxílios à pesquisa são destinados a jovens pesquisadores, graduados há menos de 10 anos, que serão selecionados pela Comissão Fundo Bunka de Pesquisa – Banco Sumitomo. O valor de cada auxilio e’ de 3 mil reais, destinando-se à aquisição de material, viagens e serviços.
O auxílio para viagem ao Japão é oferecido para apoiar a participação em reuniões científicas.
Além desses auxílios, a Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa patrocina um prêmio anual, de 4 mil reais, destinado a valorizar a contribuição científica em todas as áreas da ciência.
A Prefeitura comunica que o prédio da Central Telefônica da Cidade Universitária está sendo ampliado para que a telefonia passe a ser digital. Nesse processo, os ramais de números 5000 a 6500 poderão apresentar problemas. Durante o final de semana devem ser feitos todos os acertos de detalhes internos para a normalização das operações telefônicas.
FÍSICA NUCLEAR: DOS FUNDAMENTOS ÀS APLICAÇÕES"
Prof. Dr. Alejandro Szanto de Toledo, IFUSP
3 de maio, quinta-feira, Auditório Abrahão de Moraes, às 16h
A pesquisa básica em Física Nuclear vem, ao longo das últimas décadas, oferecendo enormes benefícios à sociedade que vão muito além da pesquisa original. Podemos afirmar que na fronteira destas investigações estão a busca de um novo estado da "matéria nuclear" assim como o estudo do comportamento do núcleo atômico no limite de sua estabilidade. Novas interfaces multidisciplinares foram criadas recentemente. Em termos de aplicações, a Física Nuclear continua contribuindo de forma significativa em novas áreas do conhecimento e vem contribuindo com o desenvolvimento de novas tecnologias. Contribuições muito importantes podem ser mencionadas na área de energia, ciência ambiental, novos materiais, arqueologia, tecnologia espacial e principalmente na área médica. A abrangência das aplicações nucleares em técnicas de diagnósticos e de traçadores ampliam ainda mais sua importância e torna a Física Nuclear uma das áreas básicas das mais ecléticas. Mostraremos neste colóquio como os conceitos fundamentais e o instrumental de pesquisa são utilizados no desenvolvimento de novas técnicas para aplicação imediata a serviço da sociedade, abrindo um enorme mercado de trabalho para os jovens pesquisadores. Dentro desse contexto qual é o compromisso do Departamento de Física Nuclear do IFUSP e quão competitivo ele se mostra dentro do cenário da Física Nuclear mundial?
Preparação Pedagógica do Programa de Aperfeiçoamento de Ensino (PAE)
A próxima palestra da disciplina "Preparação Pedagógica do Programa de Aperfeiçoamento de Ensino (PAE)" será ministrada pelo Prof. Cláudio Zaki Dib (IFUSP), na quinta-feira, dia 17 de maio, das 16 às 18 horas, no Auditório Norte (Azul), entre a Ala Central e a Ala II. As datas das palestras seguintes serão comunicadas me breve.
Bolsas da Fapesp
Uma discussão mais ampla das recentes modificações na política de bolsas da FAPESP ("Apoio da FAPESP à Pós - Graduação: Evolução e Perspectivas") pode ser encontrada no site www.fapesp.br.
VOCÊ PERDEU? A SEÇÃO DE ALUNOS TALVEZ TENHA ENCONTRADO.
A Seção de Alunos do IFUSP conta com um serviço de perdidos e achados.
Há muito tempo, encontram-se à disposição, à espera de seus donos, livros, cadernos, óculos, peças de roupa, e vários outros objetos. Os objetos mais antigos continuarão à disposição até o 11 de maio. Após esta data serão doados.
REFORMA CURRICULAR DO CURSO DE BACHARELADO EM FÍSICA
A reforma curricular do curso de bacharelado em Física iniciou-se no final de 1999, através de um Grupo de Trabalho criado pela Diretoria. Estabelecidas as diretrizes da reforma, a Comissão de Graduação passou a coordenar o processo, cujo acompanhamento pode ser feito através da CG, no portal do IFUSP.
A Comissão de Graduação está à disposição para informações e recebimento de contribuições sobre o processo da reforma.
HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO
Devido ao afastamento médico de três funcionários do Serviço de Atendimento ao Usuário, a Biblioteca funcionará apenas das 9 às 21h45 nos dias 25 (quarta-feira), 26 (quinta-feira) e 27 (sexta-feira)
artigo de Walter F. Wreszinski, publicado no JU de 23/04/01
Em tempos recentes, figuras públicas, a imprensa e órgãos universitários vêm questionando a atuação da universidade, que é conclamada à participação mais direta na solução dos problemas da sociedade. "A pesquisa aplicada, o ensino, a saúde pública e a estruturação da capacidade de desenvolvimento social, cultural e tecnológico não podem ser considerados como atividades de segunda categoria." (editorial ADUSP, julho 2000 – os grifos são nossos). Essas discussões nos levaram a analisar o papel da universidade em um contexto mais amplo.
Primeiramente, vemos uma falha crucial no tipo de questionamento acima, porque ele provém da visão distorcida da universidade como uma prestadora direta de serviços. A função primordial da universidade é formar profissionais de alto nível de competência nas diversas áreas.
Em uma carta ao físico David Bohm, que aqui esteve na década de 50, Albert Einstein escreveu: "O que mais me espanta é o governo brasileiro não fazer nenhuma tentativa séria para tornar os altos estudos mais atraentes. Porque isso é uma necessidade absoluta para o desenvolvimento técnico do país. Compare, por exemplo, como o Japão agiu no século 19." (o grifo é nosso).
Os "altos estudos" a que se refere Einstein acima são a pesquisa básica. Esta é de central importância mesmo nos domínios mais "aplicados" da ciência e tem como objetivo resolver os problemas conceituais nessas áreas. A pesquisa básica (de alta qualidade) é o fator determinante no nível de formação profissional, embora o seu único móvel seja a curiosidade científica, a mesma que levou, por exemplo, o cientista inglês Michael Faraday a descobrir no século dezenove o efeito responsável por toda a tecnologia elétrica dos séculos posteriores! No século vinte, algumas das descobertas que mais revolucionaram o mundo tecnológico – a do transistor e a da supercondutividade – também se originaram na pesquisa básica.
Em todos esses casos as aplicações tecnológicas não surgiram de imediato, motivo pelo qual Faraday, indagado sobre a utilidade de sua descoberta, replicou: "qual é a utilidade de um bebê recém-nascido?" Isso ilustra a nossa visão de que o desenvolvimento tecnológico (e mesmo social), assim como a interação com empresas e com a sociedade em geral, devem ser vistos como conseqüência e não como prioridade.
E o ensino? Se um professor utiliza a sua maturidade científica ao ministrar um curso – a qual se reflete na profundidade do tratamento, na seleção dos tópicos, e, por vezes, na inserção do tópico em um contexto mais amplo e/ou "moderno" – ele está preenchendo integralmente o seu papel! É por isso que o ensino universitário é indissociável da pesquisa científica, já que esta é o veículo para alcançar esta maturidade. Neste sentido, a pesquisa é a primeira das prioridades acadêmicas, e os problemas do ensino serão resolvidos com a melhoria da qualidade dos cursos, tornando-os ao mesmo tempo e cada vez mais um desafio para os estudantes . No extremo oposto está a tendência de aumentar o número de aulas, motivada pela concepção de que o "aluno aprende na aula". Esta concepção é falsa, pois nada substitui o esforço individual, chegando o eminente físico teórico F. J. Dyson a afirmar que "a educação é obtida em bibliotecas e museus."
As pressões sobre a universidade no sentido de priorizar atividades de pesquisa mais diretamente ligadas à interação com a sociedade, ou de ensino no sentido quantitativo, isto é, associado ao aumento do número de aulas, encontram sustentação por parte de grupos dentro da universidade, que as utilizam para justificar políticas de ascensão ao poder. Essas políticas têm caráter demagógico e imediatista, já que é muito mais fácil obter sucesso nessas atividades do que na pesquisa básica, que é árdua e, em muitos aspectos, se assemelha à atividade dos artistas criadores – escritores, compositores, pintores – que estão permanentemente sós! Mas quanto maior é a recompensa, às vezes a sublimação, alcançada nos raros momentos de sucesso!
A administração central da universidade precisa assumir a liderança na discussão sobre prioridades acadêmicas! Essa discussão deve constituir uma contrapartida atuante contra o "assembleísmo, em que qualquer divergência é silenciada pela intimidação estridente de facções radicais", de que fala o jornal "O Estado" no seu editorial que comenta a omissão dos docentes da USP durante a greve ocorrida no ano de 2000. Para avaliar quão radicais podem ser estas facções, basta mencionar a observação no editorial da ADUSP acima mencionado de que "mais importante do que ‘exportar’ artigos é a participação da universidade pública nos problemas da sociedade na qual está inserida". A intolerância com opiniões divergentes também fica clara nesta exortação a não se submeter à avaliação por pares, deixando de submeter trabalhos a revistas internacionais.
SEMINARIO DO DEPARTAMENTO DE FÍSICA NUCLEAR
Proton therapy of skin tumors using a van de Graff accelerator"
Prof. Jorrit de Boer, Sektion Physik–Universitat Munchen, Alemanha<
Edifício Oscar Sala, sala 156, as 16h
DISSERTAÇÃO DE MESTRADO
Leônidas Lopes de Melo
"Dinâmica e Crescimento de Filmes de Diamante"
Comissão Examinadora: Profs. Drs. Mauro Sérgio Dorsa Cattani (orientador), Iberê Luiz Caldas e Vladimir Jesus Trava Airoldi (INPE)
Ed. Principal, Ala II, Sala 209, às 14h.
DISSERTAÇÃO DE MESTRADO
Vinícius Alegreti Meza
"Preparação e Caracterização de Compostos PrBa2Cu3O7-y"
Comissão Examinadora: Profs. Drs. Renato de Figueiredo Jardim (orientador), Gerardo Fabian Goya e Iakov Veniaminovitch Kopelevitch (UNICAMP)
Auditório Sul (Bege), entre a Ala Central e a Ala II, às 14h.
COLÓQUIO
"Física Nuclear: dos fundamentos às aplicações"
Prof. Dr. Alejandro Szanto de Toledo, IFUSP
Auditório Abrahão de Moraes, às 16h
SEMINÁRIO RESULTADOS E PROBLEMAS EM FÍSICA MATEMÁTICA"
"Análise Espectral em Modelos do Tipo Ginzburg-Landau Estocásticos"
Prof. Paulo A. Faria da Veiga (ICMC-USP)
Ed. Principal, Ala I, Sala 204 às 13h30
SEMINARIO DO DEPTO DE FISICA EXPERIMENTAL
"Nitride Surfaces and Thin Films from First Priciples Calculations".
Dra. Rosa Di Felice , Università degli Studi di Modena e Reggio Emilia, Itália
Auditório Adma Jafet , às 16h
B I F U S P - Uma publicação semanal editada pelo IFUSP
Responsável: Prof. Silvio R. A. Salinas - Coordenador: Prof. Hercílio Rodolfo Rechenberg
Diagramação: Kelma Lydis Guitman
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