Boletim Informativo do Instituto de Fisica - USP No.16 06/06/03

bIFUSP

ANO XXII - No.16 - 06/06/2003


ÍNDICE


Editorial

Ilya Prigogine ( 1917-2003 )

Deixou-nos, na semana passada, Ilya Prigogine - uma das maiores personalidades científicas da segunda metade do século XX. Mesmo aqueles que discordavam de suas idéias, nele reconheciam um faro excepcional para descobrir novas direções em ciência.

Prigogine nasceu em Moscou em 1917, tendo posteriormente adotado a cidadania belga. Doutorou-se em química pela Universidade Livre de Bruxelas em 1941, da qual era Professor Emérito. Foi Diretor dos Institutos Solvay de Física e Química, em Bruxelas, e do Centro Ilya Prigogine de Mecânica Estatística, Termodinâmica e Sistemas Complexos, em Austin. Em 1977 recebeu o Prêmio Nobel de Química por suas contribuições à termodinâmica de não-equilíbrio e pela descrição das estruturas dissipativas, cernes das reflexões da chamada Escola de Bruxelas, que tinha em Prigogine seu principal cientista. Estruturas dissipativas são fenômenos de criação de ordem longe do equilíbrio termodinâmico. Prigogine observou que longe do equilíbrio termodinâmico, na presença de fluxos de energia e de matéria mantidos a partir do exterior do sistema, não existe um princípio termodinâmico único que possa determinar a evolução do sistema; essa evolução deve ser estudada introduzindo a dinâmica, utilizando, para tanto, métodos e conceitos apropriados a cada problema.

Prigogine, além de brilhante pesquisador, foi excelente escritor para divulgação de suas idéias ao grande público. Seus livros de divulgação - "A nova aliança", "Entre o tempo e a eternidade", "O fim das certezas", "Order out of chaos", "From being to becoming", "As leis do caos" - são extremamente estimulantes e sucessos de público. Prigogine também escreveu vários livros técnicos de referência, entre os quais "Introduction to thermodynamics of irreversible processes", "Self-organization in nonequilibrium systems" e "Exploring Complexity", esses dois últimos em colaboração com Grégoire Nicolis, seu colega na Universidade Livre de Bruxelas.

Prigogine era um pensador de vanguarda imerso em seu tempo e preocupado com o papel da ciência e do cientista na sociedade e no futuro da humanidade. Vale reproduzir uma sua afirmação, feita num encontro realizado na Espanha em 1985, em resposta a uma questão da platéia, se ele não acreditava que estamos, na Terra, a ponto de alcançar uma bifurcação que coloca em risco toda a civilização humana. Prigogine respondeu:

"Creio que a questão, corretamente foi posta, está intimamente relacionada com a visão de mundo que oferece a ciência moderna. No seguinte sentido: a visão clássica do mundo repousava na idéia de que racionalidade e realidade são a mesma coisa. Só o racional é real e só existe uma realidade racional. Hoje vemos um mundo pluralista, um mundo de instabilidades e pleno de possíveis realizações. Devemos começar a pensar de forma não linear, devemos compreender que o mundo é muito mais rico do que qualquer das possibilidades que tenhamos vivido. A análise psicológica é um exemplo claro. A visão clássica é que a análise psicológica revela-nos porque atuamos de uma maneira e não de outra. Hoje se tende a uma terapia de grupo e da família. Quer dizer, a tendência atual é irmos juntos ao psicólogo para que este descubra as singularidades e não linearidades do grupo que afetam um de seus membros. E, na minha opinião, o mundo necessita de uma terapia familiar no nível de todas as nações. Os valores estão relacionados com as reações homeostáticas frente às possíveis realizações de cada bifurcação ... A tolerância é o verdadeiro problema do nosso tempo, consiste em compreender as alternativas do mundo cultural e de convencermo-nos de que devemos viver em um mundo múltiplo. E aqui, na minha opinião, um bom objetivo para a ciência atual com respeito à civilização: proporcionar um caminho diverso de realizações, mostrar caminhos menos lineares, estreitos e condicionados para o homem ... Não se deve esquecer que foi precisamente na Europa que se gerou esse grande projeto que é a ciência e esse sistema chamado democracia, ou seja, a racionalidade científica e a racionalidade social e humanista. Como europeus vivemos na intersecção do sistema de valores, é nossa tradição. Aproximar essas duas racionalidades é um bela missão para nós. Dessa maneira, quiçá, aproximemo-nos de uma maior tolerância e do aceite da multiplicidade da civilização humana."

Os trabalhos da Escola de Bruxelas, Prigogine e seus colaboradores, além da importância específica no contexto da física e da química dos processos não lineares em sistemas abertos longe do equilíbrio, podem representar o aporte de teorias muito valiosas para tratar problemas em biologia teórica, na direção de reduzir a distância entre a física e a biologia, e, conseqüentemente, a vida. Caso isso se confirme, ainda uma vez reafirmar-se-á a monumental dimensão desse grande intelectual que o século conheceu.

Prof. Nelson Fiedler-Ferrara


Boicote ao Provão: Carta Aberta ao IFUSP

CEFISMA

Conforme divulgado anteriormente, ocorreram, na semana passada, algumas discussões a respeito do Provão, que se realizará no próximo domingo. Após os debates, foi feita uma Assembléia na qual os estudantes decidiram pelo boicote à prova. Esta carta pretende informá-los desta decisão e apresentar os argumentos que nos levaram a tomá-la.

A educação superior é um direito dos brasileiros, e portanto responsabilidade do Estado. Deve haver políticas públicas de Educação Superior e uma permanente preocupação com a qualidade dos profissionais formados pelas faculdades brasileiras. No entanto, atualmente, o número de Universidades públicas é mais que insuficiente para atender a demanda. Surgiram assim muitos cursos particulares, alguns de qualidade duvidosa. Uma avaliação do Ensino Superior é necessária, portanto, em três sentidos:

Avaliar o ensino fornecido pelas faculdades públicas, de modo a tentar aprimorar cada vez mais o ensino nestas e verificar se está ou não havendo o retorno de investimento Público feito nestas instituições;

Dar um panorama geral ao governo de como anda a situação do ensino superior, para que este possa orientar suas ações;

Avaliar esta avalanche de cursos particulares que tem invadido o mercado, e transformado Educação em algo muito lucrativo.

Atualmente, existem três formas utilizadas pelo MEC e aplicadas pelo INEP para tal:

A avaliação de condições de ofertas, onde um grupo de professores visita cada instituição e avalia instalações, corpo docente, biblioteca, laboratórios, conversa com os estudantes, etc;

O censo universitário, que dá informações a respeito tais como quantos cursos de determinada área existem em cada região do país, se são públicos ou privados, etc;

O Provão, uma prova aplicada durante quatro horas, que avalia conhecimentos específicos de uma determinada área.

Acreditamos que a primeira avaliação citada acima tem um papel fundamental e é, sem dúvida, a mais importante. A segunda tem um papel importante não no sentido de avaliar, mas sim no de informar, e o Provão....vejamos a que ele nos serve.

Comecemos pelo seu formato: uma prova. Sabemos o quanto uma prova é limitada para avaliar o conhecimento adquirido nas disciplinas do Instituto, que dirá os adquiridos em todo um curso universitário. Ele não avalia conhecimento experimental, computacional ou de didática, fundamental num curso de licenciatura. Não avalia a existência de pesquisa ou extensão na universidade, a transparência de gestão, a formação crítica ou humana, o processo de formação. Mas, ainda sim, uma prova poderia ter algum sentido enquanto mais um elemento para rechear uma avaliação maior e mais complexa, afinal, mesmo com possíveis manobras e insuficientes, ela nos fornece alguns dados objetivos . E hoje, o Provão integra um conjunto? Não, ele é feito como uma avaliação em paralela com outras, e tem apenas sua nota isolada divulgada aos quatro cantos. O que o MEC supostamente usaria para fechar cursos ruins? Unicamente a nota do Provão: uma avaliação que não contempla nem de longe as complexidades de um curso universitário; apesar disso, ela é divulgada como uma avaliação completa, o que é atestado pelos fatos acima. Isso dá margem à uma série de "manobras", tais como instalação de disciplinas preparatórias no último semestre ou um estudo dirigido especificamente ao Provão. Ou seja: fazer um curso de pouca qualidade e, no final, todo um plano para ir bem no Provão. Assim, algumas faculdades particulares dão carros para os melhores colocados e oferecem "cursinhos" para essa prova.

Outro argumento que defende o Provão diz respeito à necessidade de uma avaliação que "desmascare" as faculdades de baixa qualidade. Vejamos mesmo se isso ocorre. Em primeiro lugar, mesmo as faculdades que obtiveram três Es seguidos não foram fechadas. Além disso, o que o Provão julga como bom ou ruim? Como é feita a distribuição de conceitos?

Após a prova obtém-se a distribuição de notas das diversas faculdades de um mesmo curso. Esta distribuição muito freqüentemente tem um número muito grande de notas baixas e um rabo muito longo. À ela, nada gaussiana, ajusta-se uma...gaussiana! (até o Professor Otaviano Helene, este que foi professor do Instituto e autor de "Tratamento Estatístico de Dados em Física Experimental", e hoje é o atual Presidente do INEP, reconheceu esta falha). Então pega-se a média, nada representativa neste caso, o desvio padrão e faz-se uma regra: media + (-)meio sigma = C, media + (-) sigma = B (D), acima (abaixo) de media + (-) sigma = A (E). Para muitos cursos temos uma média em torno de 3, e quem tira 5, assim como quem tira 9, tem A. Além disso, consideremos que todas as faculdades tirem entre 0 e 5. Mesmo assim, haverá As. E, sendo otimistas, se todos tirarem entre 7 e 10, ainda assim haverá Cs, Ds, e Es. O Provão se propõe à dizer apenas quem é melhor, e mesmo assim com muitas distorções. Ele não diz, nem de longe, que é bom ou ruim, e sim quem seriam os melhores e as piores, ainda assim juntando notas muito diferentes em um único conceito. E as notas absolutas? Atualmente são secretas!

E quais as conseqüências mais amplas disso: tem-se a impressão de que a qualidade do ensino superior está controlada e estável: todos os anos há um certo número de cursos As, Bs, Cs, Ds e Es, independente da real qualidade destes. Além disso, faz com que faculdades que obtiveram 3 ou 4 utilizem para propaganda um conceito A no Provão. Cria-se então um instrumento que passa uma idéia totalmente distorcida, tanto da situação do Ensino Superior brasileiro quanto da qualidade de cada curso.

No final disso tudo: quais as conseqüências finais do Provão tal como ele é hoje? Temos uma avaliação distorcida, cursos que criam "cursinhos" e outras formas de manobra, uma idéia de que a qualidade do ensino superior está estável, uso publicitário por parte de instituições particulares dos conceitos falsos obtidos na prova, além de não cumprir seu papel como papel avaliação.

Sobre o boicote

Baseados nestes argumentos, decidimos pelo boicote. Essa posição não significa ser contra uma avaliação, muito pelo contrário: somos favoráveis a uma avaliação real, e o Provão não o é. Além disso, ele não é nem a única avaliação existente, muito menos a única possível. Além disso, o boicote tem se mostrado durante os últimos anos como o instrumento mais eficiente para colocar nossas críticas à prova, pressionar no sentido de mudanças , sermos ouvidos e gerar a discussão tanto no IFUSP quanto na USP e em todo país, ainda mais considerando o peso de um posicionamento dos estudantes da USP frente à sociedade e às faculdades do resto do Brasil.

Recentemente, foi noticiado pelo Jornal " O Estado de São Paulo" que neste ano o INEP divulgaria as notas absolutas das instituições, em aberto e sem atribuição de conceitos. No entanto, em sua palestra no dia 26 p. p., foi colocado pelo presidente do INEP que isto ainda não está decidido. Avaliamos que esta mudança poderia alterar nosso posicionamento com relação à prova, mas que, por não se tratar de uma decisão oficial já tomada, devemos ainda boicotar ressaltando este ponto, como mais uma forma de pressão para a mudança. O atual governo e presidente do INEP têm a proposta de reformular o Provão, e nosso boicote vem no sentido de manter o posicionamento e pressão enquanto elas não ocorrem, esperando mudanças em breve.

Entendemos como legítima a decisão tomada em Assembléia. Ainda que a participação dos estudantes tenha sido menor que a desejada, o espaço esteve aberto a todos e as discussões foram bastante esclarecedoras para os presentes. Um ponto que ficou claro é a necessidade de uma atuação coletiva, uma vez que a única nota que é de fato utilizada é a média de todos os alunos. Nesse sentido a realização da prova por pessoas ou um grupo isolado, havendo boicote por grande parte dos estudantes, fará com que o IF provavelmente fique com C, não caracterizando o boicote e nem avaliando, de fato, nosso desempenho na prova. Assim, como inúmeros colegas de Física de todo Brasil (BA, PR, etc...), além de cursos da USP (ECA, Historia, Geografia, Psicologia, Pedagogia, etc...) acreditamos que o boicote é uma forma legítima e eficiente de lutar por uma avaliação decente e justa.

Para os alunos que aderirem ao boicote, enfatizamos que a prova deve ser entregue totalmente em branco. De fato, não ir à prova acarretará na não formatura do aluno.


DIRETORIA

Projeto "Nova Biblioteca"

A Diretoria convida a comunidade do IFUSP para assistir à apresentação do projeto "Nova Biblioteca" do Instituto de Física no próximo dia 10, terça-feira, às 17 horas, no Auditório Abrahão de Moraes, com a presença do arquiteto responsável, Prof. João Walter Toscano.


COLÓQUIO

"Energia e Meio Ambiente"

Prof. Dr. José Goldemberg, Secretário de Estado para o Meio Ambiente

12 de junho, quinta-feira, Auditório Abrahão de Moraes, às 16h

O Prof. Goldemberg é autoridade mundial no campo tornado intensamente interdisciplinar da Energia e Meio Ambiente. Sua atuação em nível internacional é decorrente da introdução de novos conceitos a este ramo de investigação, interdisciplinar e de conseqüências concretas, quer a curto quer a longo prazo. Curso dado em Princepton, e participação na IAE (International Academy of the Environment), Genebra, são pequena parte de sua atividade em nível internacional.

O meio ambiente já era afetado mesmo em épocas muito anteriores da história humana, quer pelo desaparecimento de florestas, cuja madeira era utilizada para construção dos navios que constituíam a frota ateniense, na época do seu apogeu, quer na África em épocas mais remotas (Saara) e modernas, pela agropecuária desordenada e pela simples queima de madeira para combustível. Nos nossos dias, a interconexão entre Energia, Meio Ambiente e Desenvolvimento, tornou-se muito mais crítica no mundo todo e, particularmente, afetando agudamente o Brasil, onde a floresta amazônica desaparece em proporções alarmantes, a poluição das cidades aumenta, e em período recente, o desenvolvimento não corresponde às expectativas por problemas de planificação adequada no setor de energia, entre outros.


SEMINÁRIOS DE ENSINO ESPECIAIS

Terceira Palestra do Ciclo

"Ensino de Ciências, Pesquisa em Ensino de Ciências e Educação"

"Pesquisa em Ensino de Ciências como Ciências Humanas Aplicadas"

Prof. Dr. Demétrio Delizoicov, Centro de Ciências da Educação da UFSC - Programa de Pós-Graduação em Educação Científica e Tecnológica/UFSC

10 de junho, terça-feira, Auditório Norte, às 16h

Através de aspectos relacionados à área de Ensino de Ciências, tais como existência de cursos e programas de pós-graduação, de periódicos especializados, em publicações dos resultados de pesquisas e de eventos científicos específicos, constata-se que essa área constituí um campo social de produção de conhecimento. Com um estudo realizado a partir de dados contidos em trabalhos que têm como objeto dissertações e teses em ensino de ciências defendidas no Brasil desde 1972, argumenta-se que o campo se organiza em coletivos de pensamento - afinados com os das ciências humanas - que investigam problemas relativos à disseminação sistematizada de conhecimentos científicos caracterizada como um processo complexo de interação entre três grandes círculos sócio-culturais. Problematizam-se pontos dessa dinâmica de pesquisa que estabelece comunicações intra-coletivas e inter-coletivas, sendo essas últimas constituídas por amplo espectro, cuja variação vai desde uma sintonia bastante ajustada, até praticamente uma ausência de ressonância. Considerando-se essa produção plural, propostas são apresentadas com a finalidade de se efetivar uma maior aproximação dos problemas investigados com aqueles enfrentados pelo ensino de ciências nas escolas brasileiras.

O Prof. Demétrio Delizoicov é Licenciado em Física (IFUSP), mestre em Ensino de Ciências (IF/FEUSP) e doutor em Educação (FEUSP). É professor do Centro de Ciências da Educação (CED) da UFSC e atua nos Programas de Pós-Graduação em Educação Científica e Tecnológica e no Programa de Pós-Graduação em Educação, onde têm orientado teses e dissertações. Na UFSC foi membro do Conselho de Pesquisa e Pós-Graduação, sub-coordenador do Programa de Pós-Graduação em Educação e representante local da área de Ciências Humanas na comissão de bolsas de iniciação científica do PIBIC/CNPq. Foi membro do Comitê Assessor da CAPES/SPEC e Consultor Internacional do Institut de Recherche, Formation, Education e Developpement (Paris) / Fundo Europeu de Desenvolvimento. Atualmente é coordenador do Grupo de Estudo e Pesquisa em Ensino de Ciências de SC (CED/UFSC) e membro do Conselho Universitário.


SEMINÁRIO DO GRUPO DE FÍSICA ESTATÍSTICA

"Complex Networks: Structure and Dynamics"

Adilson E. Motter, Max Planck Institute for the Physics of Complex Systems

10 de junho, terça-feira, Ed. Principal, Ala I, sala 204, às 14h

Networks arise as natural models of interconnected dynamical elements in a variety of systems, with examples ranging from cell biology to epidemiology to the Internet. Unlike the network models traditionally studied in physics and mathematics, most real-world networks are neither regular nor fully random. A rapid development over the recent years has shown that many of these complex networks share common structural characteristics, such as the small-world and scale-free properties, and that the dynamics of the network is strongly influenced by them. In this talk I will discuss generic structural properties of real-world networks and explore the interplay between structure and dynamics in several different contexts, including growing networks, attack vulnerability, searching processes, and synchronization.


DIRETORIA DE ENSINO

"Cientistas Brasileiros: César Lattes e José Leite Lopes" (Documentário)

11 de junho, quarta-feira, Auditório Abrahão de Moraes, às 16h

 

Apresentação do documentário, seguido de debates, com a participação da Profa. Amélia Império Hamburger (IFUSP), Prof. Carlos Vogt (Presidente da FAPESP), José Mariani (Diretor do Filme), Prof. Marcelo Tassara (ECA-USP) e Prof. Roberto Martins (IF-UNICAMP)

O documentário, dirigido por José Mariani, resgata um período histórico do desenvolvimento da Física no Brasil, acompanhando a trajetória de César Lattes, responsável pela descoberta do Méson pi em 1947, e de José Leite Lopes, através de seus trabalhos científicos e dos esforços pelo desenvolvimento da Ciência no Brasil. Fazem parte desse período a fundação do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas, CBPF (1949) e a criação do Conselho Nacional de Pesquisas CNPq (1951). A trajetória histórica desses dois cientistas é acompanhada através de depoimentos de outros colegas, pesquisadores em diferentes centros. (Está sendo lançada uma versão em DVD deste documentário).


COMISSÃO DE GRADUAÇÃO (COC-B)

Comissão de Coordenação do Curso de Bacharelado (COC-B)

Em 3 de junho de 2003 a COC-B entregou uma proposta para a Reforma Curricular do curso de Bacharelado em Física, diurno e noturno, à Comissão de Graduação e ao Diretor. Foi solicitado à CG que a proposta, após análise e posterior envio aos Departamentos, seja disponibilizada na página da Comissão de Graduação, para que possamos receber contribuições do Instituto através de nosso e-mail coc@if.usp.br. Esperamos contar com a colaboração de todos.

Antonio D. dos Santos, Bruno R. Lenzi, Deborah M. Raphael, Elisabeth M. Yoshimura, Márcia C.A. Fantini e Oscar J.P. Éboli


ASSISTÊNCIA FINANCEIRA

Patrimônio

As atividades de patrimônio do Instituto vem, desde julho de 2002, sendo coordenadas pela Seção de Importação. Nestas atividades estão sendo desenvolvidos planos de trabalho e cronogramas que visam otimizar e racionalizar os procedimentos pertinentes.

Entendemos que, para a eficácia do processo é de extrema importância o envolvimento da comunidade IFUSP e, portanto, estaremos concentrando esforços no sentido de estar divulgando mais informações sobre a área.

Embora a maioria das pessoas entenda o sentido da palavra patrimônio, principalmente quando se fala que alguém adquiriu um carro novo, ou comprou um imóvel, ou teve que se desfazer de um bem, existem inúmeras definições e conceituações para esse vocábulo.

Pesquisando-se inicialmente no Dicionário Aurélio encontra-se: "Patrimônio [Do lat. Patrimoniu.] S.m.1. Herança paterna. 2. Bens de família. 3. Dote dos ordinandos. 4. Fig. Riqueza: patrimônio moral, cultural, intelectual. 5. Dir. Complexo de bens, materiais ou não, direitos, ações, posse e tudo o mais que pertença a uma pessoa ou empresa e seja suscetível de apreciação econômica. 6. Cont. a parte jurídica e material da azienda [q.v.]."

A administração patrimonial compreende uma seqüência de atividades que tem o seu início na aquisição e termina quando o bem for retirado do patrimônio da empresa. Ao longo dessa trajetória são adotados inúmeros procedimentos físicos e contábeis que permitem aos gestores sua rápida identificação e localização exigindo constante atualização dos dados.

Ressaltamos que somente com a colaboração de todos, nossos esforços trarão resultados positivos. Lembramos que quaisquer dúvidas poderão ser esclarecidas com o Sr. Cristovan e o Sr. Sebastião no ramal 6905 - e-mail: patrimo@if.usp.br.


TESES E DISSERTAÇÕES

DISSERTAÇÃO DE MESTRADO

Fabrício Nascimento
"Inomogeneidade na distribuição de matéria no universo"
Comissão Examinadora: Profs. Drs. Élcio Abdalla (orientador), Josif Frenkel (IFUSP) e Marcelo B. Ribeiro (UFRJ)
12/6, quinta-feira, na sala 209, Ala II, Ed. Principal do IFUSP, às 14h

Luciana Taddei
"Uma experiência de ensino de ciências discutindo a ferrugem na pré-escola"
Comissão Examinadora: Profas. Dras. Maria Eunice Ribeiro Marcondes (orientadora) (IQUSP), Liliana Marzorati (IQUSP) Sandra Regina Mutarelli (Estação Ciência/USP)
13/6, sexta-feira, na sala 209, Ala II do Ed. Principal do IFUSP, às 14h

TESE DE DOUTORADO

José Helder Facundo Severo
"Estudo da rotação de plasma no tokamak TCABR"
Comissão Examinadora: Profs. Drs. Ivan Cunha Nascimento (orientador), Artour Elfimov (IFUSP), Gerson Otto Ludwig (INPE), Homero Santiago Maciel (ITA), Munemasa Machida (UNICAMP)
11/6, quarta-feira, na sala 209, Ala II do Ed. Principal do IFUSP, às 14h

Bertha Maria Cuadros Melgar
"Atalhos gravitacionais em cosmologia de branas"
Comissão Examinadora: Profs. Drs. Elcio Abdalla (orientador), Fernando Tadeu Caldeira Brandt (IFUSP), Josif Frenkel (IFUSP), George Emanuel A. Matsas (IFT), Patrício Anibal Letelier Sotomayor (UNICAMP)
12/6, quinta-feira, na sala Jayme Tiomno, entre a Ala Central e a Ala II do Ed. Principal do IFUSP, às 10h


ATIVIDADES DA SEMANA


2a. FEIRA, 09.06.2003

SEMINÁRIO DO LABORATÓRIO DE MICROSCOPIA ELETRÔNICA
"Espectrofotometria de Reflectância Difusa: um novo enfoque para a avaliação de cor e brilho em cabelo"
Dra. Carla Maria Sanches Scanavez, IQ/UNICAMP
Ed. Principal, Ala I, sala 201, às 14h


3a. FEIRA, 10.06.2003

SEMINÁRIO DO GRUPO DE FÍSICA ESTATÍSTICA
"Complex Networks: Structure and Dynamics"
Adilson E. Motter, Max Planck Institute for the Physics of Complex Systems
Ed. Principal, Ala I, sala 204, às 14h

SEMINÁRIO DE ENSINO
Terceira Palestra do Ciclo "Ensino de Ciências, Pesquisa em Ensino de Ciências e Educação"
"Pesquisa em Ensino de Ciências como Ciências Humanas Aplicadas"
Prof. Dr. Demétrio Delizoicov, Centro de Ciências da Educação da UFSC, Programa de Pós-Graduação em Educação Científica e Tecnológica/UFSC
Auditório Norte, às 16h

SEMINÁRIO DO GRUPO DE ESTUDO DE HÁDRONS E FÍSICA TEÓRICA (GRHAFITE)
"Interação em Estado Inicial e Final em Reações Fotonucleares para Energias Intermediárias"
Prof. Dr. Vladimir Petrovich Likhachev e Prof. Dr. Airton Deppman, IFUSP
Ed. Principal, Ala II, sala 335, às 17h


4a. FEIRA, 11.06.2003

SEMINÁRIO DO DEPARTAMENTO DE FÍSICA NUCLEAR
"RF Timing com 1ps de Resolução Intrínseca: o princípio, a construção e campos de aplicação"
Prof. Dr. Vladimir P. Lichachev, IFUSP-DFEP
Ed. Oscar Sala, Sala de Seminários do LAFN, às 16h

SEMINÁRIO DO GRUPO DE FLUIDOS COMPLEXOS (GFCX) - DFEP
"Interação de Moléculas Fotoativas com Interfaces (membranas modelo) e Mitocondrias"
Prof. Dr. Mauricio Baptista, IQUSP e Profa. Dra. Rosangela Itri, IFUSP
Auditório Adma Jafet, às 16h


5a. FEIRA, 12.06.2003

SEMINÁRIO DO GRUPO DE CAOS
"Atividade Elétrica Hipocampal Caótica de Rato"
Dr. Nestor Norio Oiwa, IFUSP
Ed. Principal, Ala I, sala 204, às 13h

COLÓQUIO
"Energia e Meio Ambiente"
Prof. Dr. José Goldemberg, Secretário de Estado para o Meio Ambiente
Auditório Abrahão de Moraes, às 16h


B I F U S P - Uma publicação semanal do Instituto de Física da USP

Editor: Prof. Nelson Fiedler-Ferrara

Secretária: Rosangela Trevisan Rodrigues

Textos e informações assinados são de responsabilidade de seus autores

São divulgadas no BIFUSP as notícias encaminhadas até 4a feira, às 12h, impreterivelmente

Tel: 3091-6900 - Fax: 3091-6701 - e-mail: bifusp@if.usp.br - Home page: www.if.usp.br