ANO XXV - No.19 - 23/06/2006

ÍNDICE


ÓTICA OU ÓPTICA?

Na reunião de 25/05, a Congregação do IFUSP aprovou uma alteração curricular: a disciplina "Introdução à Óptica I" foi substituída por "Introdução à Ótica". As mudanças foram de conteúdo e carga horária, mas além disso a consoante "p" evaporou-se no processo. Essa instabilidade ortográfica reflete uma indecisão que há décadas incomoda a comunidade científica (e não só a ela, como se pode ver na foto): qual é a maneira correta de escrever o nome da ciência da luz, com p ou sem p? O Aurélio não ajuda, pois permite as duas grafias, embora avise que "ótica" também tem outro significado, algo relacionado com o ouvido. É verdade que, em minha vida, jamais vi a palavra usada com esse sentido, que provavelmente já se tornou obsoleto. Minha preferência pessoal é por ótica, por uma questão de simplicidade e por outra razão que passo a explicar.

Meu ponto de vista é que a questão da ó(p)tica deve ser focalizada sob o prisma da coerência – não clássica ou quântica, mas coerência tout court. Escrevam óptica se assim o desejarem, mas então, obrigatoriamente, devem pronunciar o p (o que, salvo engano, ninguém faz). Na nossa língua - pelo menos tal como é falada no Brasil - não existem consoantes mudas. Quem duvidar, leia em voz alta palavras usuais como: optei, corrupto, etc. – o som do p sempre aparece, certo? Um colega nosso, físico de primeira, cultiva o hábito meio esnobe de escrever "eléctron" - mas nunca deixa de pronunciar o c, então não há o que criticar. É uma simples questão de lógica.

Prof. Dr. Hercílio R. Rechenberg


ERRATA

No último BIFUSP, o texto dos Profs. Ricardo Galvão e Amós Troper contém uma imprecisão. Nele, se afirma que o Professor Leite Lopes foi o primeiro Presidente da Sociedade Brasileira de Física (SBF). O primeiro Presidente da SBF foi o Professor Oscar Sala, de julho de 1966 a outubro de 1967, como parte da diretoria provisória eleita pelos Membros Fundadores em Blumenau. O Prof. Leite Lopes foi o primeiro Presidente após a diretoria provisória, de outubro de 1967 a julho de 1969.

O Editor


COLÓQUIO

"Fluidos complexos: cristais líquidos, ferrofluidos e fluidos

de interesse biológico"

Prof. Dr. Antônio Martins Figueiredo Neto, IFUSP

29 de junho, quinta-feira, Auditório Norte, às 16h

O que são os fluidos complexos? Quais suas características básicas e diferenças em relação aos chamados fluidos convencionais? Perguntas como essas serão discutidas no Colóquio. Alguns dos fluidos complexos serão apresentados, em particular, as diferentes famílias de cristais líquidos, inclusive aquela formada por moléculas com a simetria de "banana". Conceitos como ordem posicional e ordem orientacional molecular estão na base da definição de alguns fluidos complexos. No caso dos colóides magnéticos (outro tipo de fluido complexo também conhecido como ferrofluido), serão apresentados os ferrofluidos iônicos e surfactados, em particular o fenômeno da termodifusão. Nesse fenômeno, a existência de um gradiente de temperatura no colóide magnético impõe um gradiente de concentração de partículas magnéticas. Há ferrofluidos tanto termofóbicos quanto termofílicos, onde as partículas magnéticas tendem a se afastar ou se aproximar de regiões mais aquecidas da amostra, respectivamente. No caso dos fluidos de interesse biológico discutiremos algumas propriedades ópticas não-lineares de soluções de lipoproteínas (LDL) presentes no sangue. Finalmente será apresentado o Instituto do Milênio de Fluidos Complexos do CNPq, sediado no IFUSP.


COMISSÃO DE CULTURA E EXTENSÃO

"Água, Ar, Terra e Fogo: Do que são feitas as coisas?"

Prof. Dr. Manfredo Harri Tabacniks, IFUSP

29 de junho, quinta feira, Museu Paulista, às 14h

1º de julho, sábado, Estação Ciência, às 9h30

A programação completa do ciclo de palestras pode ser obtida no site

http://www.if.usp.br/cultext/index.shtml

Na Grécia antiga alguns ensinavam que a matéria é composta pelos elementos: água, ar, terra e fogo, envoltos por amor e ódio. O amor une os elementos, o ódio os separa. Outros, por outro lado, acreditavam serem as coisas feitas de minúsculas partículas em movimento perpétuo, os átomos. Uma vez compreendido que qualquer matéria é resultado da combinação de apenas 92 elementos químicos, que por sua vez são compostos por prótons, nêutrons e elétrons, a pergunta persistiu no tempo: Do que são feitos os prótons, nêutrons e os elétrons? Existe algum limite inferior? Esse é um dos objetos das pesquisas da Física Nuclear. Com o desenvolvimento da tecnologia nuclear e da própria química foram criados instrumentos cada vez mais sensíveis para a determinação dos elementos químicos na matéria. Assim, além da pergunta "Do que são feitas as coisas ?", se acrescentou a questão "Qual a quantidade do elemento X no material Y ?" Isto resultou numa nova pergunta e um formidável quebra-cabeças: "Qual a função do elemento X no material Y ?" aplicada a todas as coisas, inclusive aos seres vivos e ao meio ambiente. É nesse contexto que atualmente se busca relacionar a composição micro-química dos materiais com possíveis processos e funções.


Proposta de Trabalho de Mestrado / Doutorado

O Laboratório de Física de Plasmas está oferecendo trabalhos de dissertação de mestrado e/ou tese de doutorado no desenvolvimento de um sistema de espalhamento de Thomson, para medida da temperatura eletrônica no tokamak TCABR.

O sistema será desenvolvido em colaboração com o Centro de Fusão Nuclear, do Instituto Superior Técnico, de Portugal, com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais e com o Instituto de Física da Universidade Estadual de Campinas.

Os alunos interessados devem enviar uma mensagem para o Prof. Munemasa Machida: machida@ifi.unicamp.br

Prof. Dr. Ricardo Magnus Osório Galvão


TESES E DISSERTAÇÕES

TESE DE DOUTORADO
IVANA ZANELLA DA SILVA
"Propriedades estruturais e eletrônicas de heterofulerenos em superficíes"
Comissão Examinadora: Profs. Drs. Antonio José Roque da Silva (orientador – IFUSP), Helena Maria Petrilli (IFUSP), Fernando Lazáro Freire Jr. (PUCRIO), Mauricio Veloso Brandt Pinheiro (UFMG) e Ronaldo Mota (UFSM).
28/06, segunda-feira, Ed. Principal, Ala 2, Sala 209, às 14h

PÓS-GRADUAÇÃO INTERUNIDADES

DISSERTAÇÃO DE MESTRADO
Renata Vasnizi
"A visão dos professores sobre as atividades experimentais no desenvolvimento de competências em física"
Comissão Examinadora: Profs. Drs. Mikiya Muramarsu (orientador–IFUSP), Maria Lúcia Vital dos Santos Abib (FEUSP) e Tomaz Catunda (IFSC/USP).
29/06, quinta-feira, Ed. Principal, Ala 2, Sala 209, às 14h


ATIVIDADES DA SEMANA

2a. FEIRA, 26.06.2006

COLÓQUIO DO DEPARTAMENTO DE FÍSICA MATEMÁTICA
"Mecânica Quântica no Espaço de Fase e Princípio de Incerteza"
Prof. Dr. Maurice de Gosson, Potsdam U.
Ed. Principal, Sala Jayme Tiomno, às 16h


5a. FEIRA, 29.06.2006

FÍSICA PARA TODOS
"Água, Ar, Terra e Fogo: Do que são feitas as coisas?"
Prof. Dr. Manfredo Harri Tabacniks, IFUSP
Museu Paulista, às 14h

COLÓQUIO
"Fluidos complexos: cristais líquidos, ferrofluidos e fluidos de interesse biológico"
Prof. Dr. Antônio Martins Figueiredo Neto, IFUSP
Auditório Norte, às 16h


SÁBADO, 01.07.2006

FÍSICA PARA TODOS
"Água, Ar, Terra e Fogo: Do que são feitas as coisas?"
Prof. Dr. Manfredo Harri Tabacniks, IFUSP
Estação Ciência, às 9h30


B I F U S P - Uma publicação semanal do Instituto de Física da USP
Editor: Prof. Dr. Antônio José Roque da Silva
Secretária: Lucimara Navarrete
Textos e informações assinados são de responsabilidade de seus autores
São divulgadas no BIFUSP as notícias encaminhadas até 4a feira, às 12h, impreterivelmente
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